acertei no milhar

Caríssimos,
Estou envergonhado. Embaraçado. Acanhado, corrido, deslustrado, pudibundo. Bom, envergonhado já bastava, mas precisava usar pudibundo alguma vez na vida.
Esse insensível e descuidado autor não escreve nada que preste há mais de dois meses. Não há nada mais ingrato, displicente, egoísta, solipsista e... bobo e feio – me faltaram palavras interessantes, vá lá.
E, sim, mentiroso. Pois havia prometido em dois de janeiro novas estórias. E até agora, apenas uma resolveu surgir por aqui.
E, mesmo assim, há gentes e mais gentes que ainda aparecem por aqui. Sim, vocês, e, ao que parece, mais dos dois ou três que sempre imaginei. A não ser que Dona Leda, minha querida avó, entre mais de trinta vezes por dia nesse blog. Isso mesmo. Esse pedido de desculpas por tanto desleixo tornou-se obrigatório quando vi que, no mês de março, durante o qual não publiquei nem um versinho do Leminski, nem uma foto bonita e triste, nem ao menos um oi e até logo, o blog recebeu mil entradas. Isso mesmo, exatamente mil. Acertei no milhar.
Sem ironias, palhacices e bobices, agradeço de coração.
Obrigado por tudo.