quinta-feira, janeiro 27, 2011

Oscar 2011 - parte sete

Surpresas parte 1 - No que você está pensando agora?

Ele veio como um vendaval. Poucos acreditavam nele no início do ano. Em algumas listas, sequer entrava. Eu não dava menor bola, mesmo com David Fincher e Kevin Spacey no projeto. De repente, em meados de junho, seu trailer apareceu na internet e todos se arrepiaram com ao ouvir Creep do Radiohead. Poucos meses depois, o filme sobre o mais jovem bilionário do mundo ganhava a América, os críticos de cinema, o mundo.
É uma história de sucesso? Sim. Real? Sim. É sobre a América e os americanos, sim. Mas não é o filme de uma geração, nem uma obra prima sobre ambição e traição. É um filme muito bom, um exercício de direção impecável de Fincher, uma edição e um roteiro milagrosos - capazes de fazer uma história pouco atraente render duas horas de grande cinema. E um personagem construído de maneira corajosa e original por Jesse Eisenberg - a melhor atuação masculina do ano, junto com Colin Firth.
Bem, como eu não vi tudo isso antes? Biopics são muito traiçoeiras. Ainda mais sobre um garoto de 20 anos de idade. Ainda que um bilionário, não deixava de ser a história de um nerd que tem como paixão e genialidade criar programas de computador. Pois é, eu não conseguia imaginar isso dar certo na tela de cinema.
Eu estava errado e Fincher e Spacey - o produtor executivo - certos. E The Social Network passou a ser o filme mais bem avaliado de 2010 nos EUA. E Mark Zuckerberg foi eleito a personalidade do ano pela revista Time.
The Social Network recebeu 8 indicações para o Oscar. Tem chances com Fincher (direção), Aaron Sorkin (roteiro adaptado) e Trent Reznor (trilha). Não vai fazer história, talvez sequer ganhe um Oscar. Mas é um bom filme e merece, até certo ponto, todo o hype em torno dele.
Zuckerberg agradece.



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