sábado, fevereiro 23, 2008

Oscar 2008 - parte três

Os vencedores desde já

Antes que os envelopes sejam abertos e discursos chorosos comecem a ser desfiados. Antes que Jon Stewart faça as prováveis piadas sobre a greve dos roteiristas e as primárias americanas. Antes que o show comece, já podemos contabilizar alguns vencedores. Vejam:
Irmãos Coen

Essa entidade de duas cabeças e muitos filmes no currículo finalmente pode ser considerada, hoje, o grande nome do cinema mundial, junto com Almodovar. Joel e Ethan colecionam prêmios e filmes excelentes em uma carreira de quase vinte e cinco anos. Já ganharam Sundance - com seu primeiro filme, Blood Simple -, já ganharam Cannes, algumas vezes por sinal. Já ganharam Oscar de melhor roteiro original, por Fargo. Falta agora o grande prêmio, seja ele o de direção ou de filme - o que deverá acontecer amanhã. Aposto no de direção. De qualquer forma, é o segundo filme deles com uma imensidade de indicações, oito, ultrapassando o último grande sucesso deles, Fargo, que recebeu sete e levou duas - roteiro adaptado e atriz. Enfim, Joel e Ethan são, hoje, os novos irmãos Lumiere, os irmãos Cinema.

Paul Thomas Anderson
Já havia feito dois ótimos filmes, Boogie Nights e Magnólia, uma ótima comédia, Punch Drunk Love. Agora, com apenas 37 anos, mostrou para todos que já é gente grande. Que quer mais. There will be blood é o melhor filme do ano de 2007, sem dúvida. Não deve ganhar melhor direção porque os Coen devem levá-la pra casa. Mas provavelmente levará melhor filme - nesse caso, levar mesmo, porque participou da produção do filme. E ainda corre o sério risco de levar roteiro adaptado - também escreveu o roteiro do filme. O garoto é bom.

Tony Gilroy
Já era respeitado em Hollywood como roteirista. Escreveu a trilogia Bourne, o roteiro de the Devil's Advocate - bom filme com Pacino e Keanu Reeves. No primeiro filme que dirige, Michael Clayton, recebe indicação a melhor diretor. Michael Clayton está indicado em sete categorias. The Bourne Ultimatum, em que foi roteirista, outras três. Nada mal, participar de dois filmes que, juntos, somam dez indicações.

Cate Blanchett
Nos últimos quatro anos, um Oscar na prateleira e outras três indicações. Oscar de atriz coadjuvante em 2005, por the Aviator. Indicação em 2007, por Notes on a Scandal. E duas, sim, duas indicações esse ano: melhor atriz por Elizabeth, the Golden Age, e melhor atriz coadjuvante por I'm not there. Não deverá ganhar melhor atriz, mas tem chances reais de levar pra casa um segundo Oscar de atriz coadjuvante - se Tilda Swinton deixar. Cate já merece uma estrela na calçada da fama.

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