domingo, fevereiro 24, 2008

Oscar 2008 - parte quatro

Apostas para hoje à noite
Melhor filme:
Não há muita dúvida. Juno é uma gracinha; Atonement é um drama de primeira; Micheal Clayton um thriller de advogados como há muito não se via. E There Will ber Blood, bom, como já disse, é o melhor filme de 2007. Uma seleção boa, como há muito não se via. Mas o homenzinho dourado, hoje, deverá ir para No Country for Old Men, dos Coen. Por quê? Oscar não é matemática, mas, vejamos. Os votantes da Academia são, em sua maioria, atores. Além deles, também votam diretores, produtores e roteiristas. Pois o filme dos irmãos Coen ganhou simplesmente os principais prêmios dos quatro sindicatos em questão: O Screen Actors Guild, o Directors Guild of America, o Producers Guild of America e o Writers Guild of America.
Acredito que uma surpresa, e a única possível nessa categoria, seria o Oscar de melhor filme ir para There will be Blood. Mas o mais provável é que os irmãos Coen saiam com o principal prêmio debaixo do braço.

Melhor Diretor:
Mais uma vez, os Irmaõs Coen, o monstro cinematográfico de duas cabeças, devem ganhar. Mas a Academia também gosta de pregar pequenas surpresas. Com o Oscar de melhor filme garantido para os Coen, não é de se surpreender que outros diretores aumentem as chances de ganhar. Nesse caso, mais uma vez, o anti-épico There Will be Blood, e seu diretor, Paul Thomas Anderson, são minhas apostas. Além disso, Reitman, diretor de Juno, é muito novo. Gilroy, Michael Clayton, é estreante, e Schnabel, de Le Scaphandre et le Papillon, muito alternativo.
Melhor Ator:
Esse é a única categoria, em toda a noite, em que não haverá nenhuma surpresa. Repito, aposto todos os meus dobrões que não haverá surpresa aqui. Hoje será a noite de Daniel Day-Lewis sair consagrado do Kodak Theater. Será seu segundo Oscar – ganhou seu primeiro por Meu Pé Esquerdo, em 1990. Até George Clooney, um dos candidatos, disse, em recente entrevista para a Time Magazine: “Sou a Hillary Clinton do Oscar. Eu até teria chance de vencer, se Obama não estivesse concorrendo”. Obama, nesse caso, é Daniel Day-Lewis.

Melhor Atriz:
A Academia gosta de render homenagens. Premiar um ator em fim de carreira. Foi assim com Michael Caine, Jessica Tandy, e por aí vai. Esse ano, podem fazer isso de novo, dessa vez com Julie Christie. Afinal, quem não gosta de Julie Christie? Nossa eterna Lara de Doutor Jivago, Julie teve uma carreira de sucesso, principalmente nos anos 60 e 70. Após anos fazendo pequenos papéis, Julie está excelente em um filme nem tanto, Away from Her.
Há uma pedra no caminho de Julie. Essa pedra é francesa. Marion Cotillard é responsável pela melhor performance feminina no ano de 2007. Sua personificação de Edith Piaf em La Mome é sobrenatural. Assustadora. Comovente. Se a premiação da Academia fosse justa, não haveria dúvidas, Cotillard ganharia. Mas não é. Torço por ela, mas temo que Marion perca a estatueta para o coração mole da Academia, que gosta de passar a mão na cabeça dos seus favoritos, como é o caso de Julie.

Melhor Ator Coadjuvante:
Poderíamos adaptar a frase de Clooney aqui. Se Barden não estivesse concorrendo, seria uma categoria equilibrada. Casey Afleck, por exemplo, leva seu filme nas costas, em uma atuação perfeita, conseguindo mesclar melancolia e tensão. Philip Seymour Hoffman é um dos melhores atores de sua geração, e será indicado ainda muitas vezes nos próximos anos. Tom Wilkinson é o ator com quem todo mundo gostaria de contracenar, e George Clooney viu isso. Está fantástico, em um filme mediano – por sinal, os coadjuvantes de Michael Clayton dão um show, Wilkinson e Tilda Swinton. Mas, não, esqueçam: os Oscar irá para o novo queridinho latino da Academia. Javier Barden. Será ele um Banderas que sabe atuar, perguntava-se a Academia. Barden mostrou pra todos que não só sabe: é excepcional.

Melhor Atriz Coadjuvante:
Uma das categorias mais disputada da noite. Todos querem que Cate Blanchett leve seu segundo Oscar. Mas Tilda Swinton está espetacular em Michael Clayton. E, correndo por fora, Ruby Dee tem aumentado suas chances, principalmente depois que faturou o Screen Actors Guild deste ano. Além disso, há sempre o fator idade: Ruby tem 84 anos. Será ela a Jessica Tandy da vez? Bom, hoje a noite torço por Cate.

Melhor Roteiro Original:
Mais um Oscar com pouca disputa. Diablo Cody, roteirista de Juno, leva fácil. Será interessante vê-la subir no palco. Por quê? Bom, procurem saber mais sobre essa menina, e vocês entenderão.

Melhor Roteiro Adaptado
Difícil categoria, disputada. Mais uma categoria em que haverá o embate direto entre os irmãos Coen e Paul Thomas Anderson. Tudo dependerá de quão Coen será a noite.

Façam agora vocês suas apostas. E boa diversão hoje à noite.

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